Reveillon triste!

Ainda estou um tanto perturbada com o que aconteceu comigo na noite da virada de ano.

Eu tinha viajado e estava hospedada em casa de parentes; cuja cidade infelizmente foi tomada por usuários de drogas. Sendo uma cidade pequena são comuns as pessoas se conhecerem e manterem amizade mesmo que de forma um tanto fria. Ou seja, as pessoas sabem quem é você, seu nome, onde trabalha etc., mas mesmo assim mantém uma espécie de laços de amizade em maior ou menor grau.

E desta vez não foi deferente. Mas como eu tinha bebido um pouco, não posso afirmar com total convicção de que minha mediunidade estava em alerta, ou se foi algo mais de efeito etílico (pelo menos foi o que eu pensei de imediato quando aconteceu).

Nós saímos para as ruas para observar os fogos e logicamente nos abraçamos, e nos confraternizamos como de costume. Mas foi aí que a coisa ficou triste. Como sou Terapeuta, é comum eu evocar minha entidades e ativar meu sistema de terapia energética, ainda mais em data comemorativa de respeito como a noite de Réveillon.

Mas por momentos antes de sai para ver os fogos, eu senti uma sensação estranha de repulsa. Algo tipo: "Não saia agora, e não faça nada!". Porém, como não tinha cabimento esta ordem, eu desobedeci e fui ter com as pessoas na rua comemorar junto com todos.

E tudo estava correndo bem até que eu me cansei e fui me recolher para cear e beber mais um pouco. Mas eu comecei a me sentir tão cansada de repente e comecei a ter calafrios. Minha mãe me viu e perguntou se eu estava passando mal do fígado; mas eu só tinha bebido umas duas latinhas e uma taça de espumante, e entrei no intuito de beber algo, pois não estava bêbada, somente um tanto "alegrinha".

Mas o mal estar estava aumentando, e eu (estava a uns 200 km da praia mais próxima e há uns 20 de minha conhecida cachoeira) resolvi inconsciente a abrir o chuveiro e tomar um banho assim do nada: maquiada, com cabelo arrumado e tudo mais. Banhei-me e desisti de comemorar e fui deitar.

Mas como a sensação ruim não passava minha mãe intuindo algo, veio onde eu estava deitada e me aplicou uns passes. Eu adormeci.

Na manhã seguinte, acordei e logo ouvi o comentário em que uma pessoa que estava na festa, comemorando conosco o ano novo, deixou a festa sem mais ou sem menos sem se despedir de ninguém, voltou para casa na rua de trás da casa de meus parentes e se enforcou, cujos motivos ninguém sabe ao certo. Pois o rapaz estava feliz, pois havia conseguido largar as drogas, tinha arrumado um emprego, voltou com a esposa, enfim, era um recomeço.

E de alguma forma ainda me sinto um tanto culpada, mas não sei o porquê. Eu não conhecia a pessoa, e para mim era só mais um rosto desconhecido, e ainda orei e mandei boas energias para as pessoas no local. Na verdade acho que a culpa que tenho é um tanto de frustração; de não ter conseguido perceber com maior nitidez os fluidos de baixas vibrações que planavam sob aquelas pessoas. Só peço a Deus que dê luz a este seu filho.

Que o Pai Supremo e a Mãe Divina o perdoem e o acolham!


Jaqueline Cristina