Relato de experiência paranormais

Era o ano de 1989 tínhamos acabado de mudar do Rio de Janeiro para Taubaté interior de São Paulo.

Meus pais alugaram uma casa geminada daquelas antigas, apesar de ser uma casa térrea e geminada, era bem grande. Tinha 2 quartos e uma suíte. Não era a melhor casa do mundo, mas atendia bem as nossas necessidades.

Essa casa tinha uma energia estranha, eu era pequena e morria de medo dos fundos da casa. Só ia no quintal quando meu pai estava junto. Aquele quintal me dava muito medo e não sei explicar porque, mas irão entender.

Nos somos em 3 irmãs e eu sou a caçula. A casa tinha 3 quartos, um dos quartos meu pai usava para guardar materiais de construção pois estávamos construindo uma casa em outro lugar.

Eu brincava muito nesse quarto, era meu quarto de brinquedos. Eu era uma criancinha, nem sabia sobre essas coisas de paranormal, mas sempre falava para minha mãe que eu brincava com os anjinhos.

Me lembro bem deles, eram fumacinha que ficavam em minha volta, eu sempre estava cercada deles. Era normal na minha visão de criança, até perceber que minha mãe e minhas irmãs ficavam assustadas.

Eu sempre estava envolta a essa fumaça branca, até quando estava dormindo minha irmã via essa fumaça encima de mim.

A coisa mais assustadora que já aconteceu comigo foi quando eu acordei no meio da noite com alguma coisa me incomodando. Olhei para o lado e vi uma mulher de boca aberta deitada ao meu lado.

Na hora eu não fiquei com medo, eu pensei que fosse a minha irmã do meio. Como estava escuro e a Cintia dormia de boca aberta às vezes, não me pareceu entranho.

Eu fiquei brava, sai da minha cama e deitei na cama dela.

Até aí, normal. Só não foi legal saber que minha irmã naquele momento que eu deitei na cama dela estava no banheiro.

Se ela estava no banheiro, quem estava na minha cama?

Ela não sabia o que tinha acontecido, voltou para o quarto, me viu na cama dela e deitou na minha. Só ficamos sabendo no dia seguinte quando perguntei pq ela estava deitada na minha cama? (Depois ela me falou que viu uma sombra na minha cama, mas como estava com sono não se importou e deitou mesmo assim).

Minha irmã mais velha, teve uma experiência muito sinistra nessa casa também. Foi em um domingo à tarde, estávamos todos na sala e a Katia estava no quarto dormindo. Eu não me lembro dela gritando, não escutei nada, mas a minha mãe escutou e foi acudi-la. Chegando no quarto ela estava em pânico com a coberta na cabeça e gritando. Foi então que ela contou que sentiu alguma coisa puxando a coberta como se estivesse se apoiando para conseguir sair de dentro do chão. Pelo que me lembre dela contando, era uma coisa em forma humana preta com cara de caveira que parecia estar derretendo. Deve ter sido algo bem feio.

Voltando para minha outra irmã, ela tinha problemas ao limpar a casa. Toda vez que ela passava o pano no chão do corredor, ficava um monte de marcas de pés de criança. Ninguém estava passando no corredor, e mesmo assim as marcas apareciam. Eram pezinhos descalços de crianças pequenas.

Será que era os pezinhos dos anjinhos que brincavam comigo?

As panelas faziam barulho na cozinha de madrugada. Meu pai acordava pensando ser ladrão ou algo parecido, não via nada e ficava dando socos no ar. Ele não via mas sentia que tinha algo ali.

Eu não sei se minha mãe já teve alguma experiência paranormal nessa casa, não me lembro dela ter falado nada sobre, mas lembro que uma de nossas vizinhas era sensitiva, ela via muita coisa na nossa casa. Uma das coisa que ela via era um Samurai, e sentia que não era coisa boa.

Depois de muitos anos, quando eu já estava mais velha, eu vi esse Samurai em um sonho, na verdade em um pesadelo.

Foi um pesadelo muito real, ele não abria a boca para falar comigo, a comunicação era mental.

Ele era mau, ele queria sangue. No pesadelo ele havia esquartejado a minha família inteira. No lugar da roseira que tínhamos no quintal, tinha um monte de membros esquartejado pendurado.

Não sei por qual motivo eu era a única na casa que ele não conseguia pegar. Me lembro de uma parte do sonho, eu estava dentro da casa e ele do lado de fora me olhando pelo vitrô da sala. Ele não conseguia entrar, mas falou em pensamento: - você é a próxima! Aí eu acordei. Nunca mais consegui me esquecer.

De certa forma ele realmente esquartejou a minha família. Não literalmente claro, mas emocionalmente acho que esse “ser do mau” teve influência em muitas coisas ruins que aconteceram.

A “coisa” ou “as coisas” que assombravam a nossa casa mudavam de forma. Eu vi minha irmã aparecendo de dentro do guarda roupas uma vez. Mas não era ela, era uma “coisa” em forma dela. Não consigo explicar, apareceu como se fosse mágica e desapareceu sem seguida.

A vizinha que morava na casa geminada com a nossa, também dizia que coisas estranhas aconteciam ali. Acho que o terreno era mal assombrado. Na verdade todas aquelas casas eram estranhas, todas as casas geminadas daquela rua. Era possível sentir a energia paranormal que tinha o lugar.

Creio que não me recordei de todos os acontecidos, mas tenho certeza que relatei os principais. Esse tipo de coisa a gente nunca esquece.

Contato: Camila