Minhas casas assombradas

A minha história é um pouco longa, já que muita coisa aconteceu comigo e a minha família.

A minha história começa quando eu tinha uns 10 anos. O meu pai e o resto da minha família construíram uma casa para morarmos.

Nós estávamos lá já fazia três meses quando aconteceu. A minha irmã e eu tínhamos o nosso quarto. Quando nós íamos dormir, a gente fechava as portas dos armários, mas quando acordávamos na manhã seguinte, estavam abertas. As vezes a gente deixa elas abertas só para ver o que ia acontecer e no dia seguinte estava uma aberta e outra fechada.

A minha irmã tinha 5 anos na época e toda manhã ela saia correndo e pulava na minha cama falando que a porta do armário estava abrindo. Outra coisa que acontecia na casa era que de noite quando estavam todos dormindo eu ouvia a gaveta de facas da cozinha abrir e depois fechar violentamente, e de manhã quando eu acordava umas das facas grandes estava no balcão, apontando para a porta da cozinha.

Quando você passava pelo corredor a luz apagava quando você estava no meio dele, ou acendia quando você menos esperasse. O meu pai checou a fiação da casa e nunca encontrou nada de errado com ela. Nós sentíamos como se tivesse alguém nos observando o tempo todo, isso me deixava apavorada. Nós nos mudamos dessa casa depois de um tempo, para morar perto da minha avó que estava doente. Eu achava que a nova casa não seria assombrada. Cara, como eu estava errada.

A minha segunda experiência aconteceu quando a minha avó morreu de câncer. Quando ela estava no hospital eu estava a quase 300 kilômetros de distância viajando, mas eu vi ela sentada na minha cama numa noite e ela me disse que tudo ficaria bem e que ela nunca me abandonaria e que quando eu me casasse e tivesse filhos, ela estaria ali comigo, então ela me deu um beijo na testa e desapareceu. Depois que ela sumiu uma sensação de tristeza tomou conta de mim e eu sabia que ela tinha falecido, e 3 horas depois a minha família ligou para onde eu estava para falar que ela tinha morrido, na mesma hora que eu tinha visto ela na minha cama.

A próxima experiência acontece praticamente todo dia. O meu marido, os meus dois filhos (12 e 9) e eu nos mudamos para uma antiga casa de fazenda (1930). Nós estávamos aqui a 3 dias quando os nossos filhos ficavam apavorados quando saíamos do banheiro e deixávamos a porta aberta. Nós não sabíamos o porque, até que um dia eu fui tomar banho e deixei a porta aberta para tomar conta das crianças. Foi quando aconteceu comigo pela primeira vez.

A porta começou a fechar devagar e eu fiquei lá sentada na banheira olhando, até ela fechar toda. Não precisa nem falar que o banho acabou rapidinho depois disso. Mas se não tiver ninguém na casa a porta do banheiro fica aberta. Bem, eu me acostumei com isso e até agradeço quando o que quer que seja que esteja fechando a porta. Eu só fico assustada quando eu tenho a sensação de que tem alguém me observando no banheiro, ai eu cesso por um pouco de privacidade e o sentimento vai embora.

O meu marido trabalha a noite as vezes e eu fico sentada na sala esperando por ele e tenho uma sensação horripilante e eu não gosto de olhar para a cozinha, mas as vezes eu não agüento e olho e vejo a forma, como se fosse uma sombra, de uma mulher pequena. Então ela some e a sensação também. As vezes eu sinto alguém me abraçando e cuidando dos meus filhos e eu sinto o perfume que a minha avó costumava usar. Então eu simplesmente falou "obrigada vovó" e que eu amo muito ela e então eu durmo tranqüilamente a noite. Eu posso viver numa boa com os espíritos daqui, enquanto eles me fizerem me sentir segura.


Brenda - SP - Botucatu