Eventos com minha família - 2

Dando prosseguimento com os relatos fantásticos que ocorreram com meus familiares, falarei um pouco de uma criança muito próxima a mim.

Essa criança quando ainda era bebê, tinha aproximadamente 14 para quinze meses, portanto, apenas balbuciava algumas palavras, embora já estava demonstrando sinais da inteligência, esperteza e senso de observação que está presente na geração de hoje, que foi denominada de crianças índigos.

Esta criança certa manhã, estava brincando na área de serviço de minha casa, quando começou a olhar para o postinho de baixa renda da casa do vizinho. Ela sorria, dava tchau, caía na gargalhada... Até aí normal, as crianças têm uma imaginação fértil e qualquer coisa as entretém. No entanto, entre as gargalhadas, ele começou a dizer: - Cai moço!; Cai moço!- como se estivesse dando um alerta, no tom de voz que normalmente falamos com as crianças desta idade. A mãe que estava colocando roupas na máquina, escutou aquilo e perguntou o que se tratava. Eis a resposta: - moço cima poste! ( o moço encima do poste). E novamente, caía na gargalhada, e continuou dando tchau.

A mãe, intrigada, procurou olhando para cima em vários ângulos tentando verificar se havia algum pedreiro, funcionário da companhia de energia ou qualquer outro trabalhador que estivesse chamando a sua atenção. Mas, nada encontrou. Ela então perguntou: aonde filhinho?

- Lá cima, foi embora, o anjo.

A mãe, disse que se arrepiou, mas não ficou com medo, pois sabia que se houvesse alguma aparição, e pelo estado de alegria que estava o bebê, se trataria naturalmente de um ser de luz.

No entanto, a história não acaba aí. Mais tarde, depois do almoço, com o bebê brincado na sala, a mãe que estava em outro cômodo (acho que na cozinha) ouviu novamente a criança gargalhando à toa. Mais desta vez ela escutou uma voz masculina dizendo: - Oi menininho! - Oi menininho! - várias vezes. Então ela correu à sala, pensando que se tratava de alguma visita que entrou pelo portão e estava aguardando na varanda. Mas, para sua surpresa, o portão estava trancado com cadeado e não havia ninguém no local.

Mas havia uma estranha sensação de paz por toda casa.

Esta criança que hoje é adolescente, já foi protagonista de outra história curiosa, na qual participei: quando deveria ter uns três anos, ele entre outros brinquedos, tinha um Pateta de borracha, que na ocasião estava sendo seu brinquedo preferido.

O Pateta, estava em todas as brincadeiras, passeios e tudo mais. Então, segundo meu pai que viu, a criança foi ao banheiro pegou um pedaço de papel higiênico e enrolou o Pateta. Eu, que estava entretida com outra coisa, vi, quando ele se aproximou de mim e perguntou cadê o Pateta.

Eu fui procurar o tal do Pateta na sala onde ele estava brincando com outros brinquedos, para procurar com ele o boneco. Mas não achei em lugar nenhum. Fui ao quarto da minha mãe, ao banheiro, no quarto do meu irmão, na cozinha, na copa e nada de encontrar o Pateta. Então eu chamei minha mãe (de novo ela sendo testemunha das coisas bizarras) e falei que ele tinha perdido o Pateta. Então ele falou que viu o menino brincando com o papel higiênico no banheiro.

A nossa conclusão foi lógica: o vaso sanitário. Mas o Pateta não estava lá. Imaginamos que talvez ele tivesse dado descarga e (que nojo) já era o brinquedo! Teríamos que comprar outro. No entanto, teríamos que tirar o boneco de borracha de lá para que não houvesse entupimento. Mas, mesmo com as caixas de esgoto abertas, jogamos vários baldes d'água e não encontramos nada do Pateta. Menos mal, dinheiro e trabalhos economizados. No entanto, onde estava o brinquedo? Chamei meu irmão e junto com meus pais fizemos uma varredura em toda casa para achar o tal do Pateta, e fazer a criança ficar quieta.

Anoiteceu. Cansados, mais intrigados com o sumiço do brinquedo, ainda mais com tanta coisa fora do lugar que tiramos para achar o bonequinho, demos encerradas a busca por aquele dia. Aí eu entro na história realmente: junto com minha mãe, pegamos todos os brinquedos espalhados pela sala, guardamos na caixa. Deixando para fora apenas dois ou três brinquedos nosso que minha mãe gostava que ficassem na estante: uma antiga casinha pedagógica (minha), um carrinho de plástico do Senna (do bebê), e um ônibus escolar de todo feito em acrílico (do meu irmão).

Estês três brinquedos que ficavam expostos na sala, eram de certa forma, uma referência psicológica da minha mãe para seus três filhos: uma casinha e dois veículos. Eu abro espaço e explico com mais detalhes estes brinquedos: minha casinha de chaves é um brinquedo conhecido pois trata-se de uma caixa quadrada com quatro portas e buracos de figuras geométricas e cores sortidas. Que portanto, caberia naturalmente um pequeno boneco, o que naturalmente, foi examinado diversas vezes: por mim, meu irmão, por meu pai e minha mãe. O carrinho do Senna era um brinquedinho de plástico comum que veio de brinde em uma bandeja de iogurte. E o ônibus de fricção de acrílico: este mais elaborado, pois se tratava de uma perfeita réplica de um ônibus escolar. Como era um brinquedo que tinha um mecanismo de fricção, ele era todo fechado. Não tinha portas ou janelas, era praticamente um cubo retangular inviolável.

Confesso que não dormi aquela noite, apenas cochilei um pouco, pensando onde ele poderia ter guardado o brinquedo, e com pena do menino, pois naqueles dias, ele dormia segurando o Pateta. O que causou um certo trabalho para fazê-lo dormir. Na manhã seguinte, com mais calma, acordei determinada a encontrar o Pateta, e a primeira coisa que pensei foi em esvaziar a estante da sala, de alto a baixo, pois concluí que o Pateta estaria enroscado atrás dos livros ou jogado no alto da estante. Minha mãe subiu no sofá para procurar na parte de cima enquanto eu comecei tirando os brinquedos da parte de baixo. Quando eu tirei os brinquedos, eis que cai o Pateta do ônibus!

Concluindo, ou nós quatros estávamos cegos (ou somos lerdos mesmos) ou o Pateta de materializou assim do nada na minha frente, caindo aos meus pés. Pois reafirmando, na casinha não tinha nada, eu abri as quatro portinhas da casa e o ônibus constituía uma peça só, porque ele era colado as duas partes devido ao mecanismo de fricção. E o carrinho de fórmula 1 era apenas uma miniatura, bem menor que o boneco.

Já pensei em outras possibilidades, mas não cheguei em conclusão alguma.

A criança em questão hoje, já é um rapazinho, que por sinal têm uma mediunidade maravilhosa, e meus pais participam dos estudos no Centro Espírita Missionários da Luz, chefiados pela equipe do ilustre Edgard Armond.

E eventos como estes, mesmo que tendo um explicação lógica (mesmo que improvável) não nos intriga nem nos deixa perplexos, pois estamos muitos felizes e satisfeitos com nossos progressos, e cada vez mais unidos.


Jaqueline Cristina